Métricas

Uma medição capturada em tempo de execução.

Uma métrica é uma medição de um serviço capturada em tempo de execução. O momento de captura dessas medições é conhecido como evento de métrica, que consiste não apenas na medição em si, mas também no momento em que ela foi capturada e os metadados associados.

Métricas de aplicação e de requisição são indicadores importantes de disponibilidade e desempenho. Métricas personalizadas podem fornecer insights sobre como os indicadores de disponibilidade impactam a experiência do usuário ou o negócio. Os dados coletados podem ser usados para alertar sobre uma interrupção ou desencadear decisões de escalonamento para aumentar automaticamente uma implantação em caso de alta demanda.

Para entender como as métricas no OpenTelemetry funcionam, vamos analisar uma lista de componentes que farão parte da instrumentação do nosso código.

Meter Provider

Um Meter Provider (às vezes chamado de MeterProvider) é uma fábrica de medidores. Na maioria das aplicações, um meter provider é inicializado uma vez e seu ciclo de vida corresponde ao ciclo de vida da aplicação. A inicialização do meter provider também inclui a inicialização do resource e do exporter. Esse é tipicamente o primeiro passo para metrificar com o OpenTelemetry. Em alguns SDKs, um meter provider global já é inicializado para sua aplicação.

Medidor

Um medidor cria instrumentos de métrica, que serão responsáveis por capturar dados e medir um serviço em tempo de execução. Métricas são criadas a partir de Meter Providers (Medidores).

Metric Exporter

Metric Exporters enviam dados de métricas para um consumidor. Esse consumidor pode ser a saída padrão para depuração durante o desenvolvimento, uma instância do OpenTelemetry Collector ou qualquer outro backend, seja de código aberto ou um fornecedor de sua escolha.

Metric Instruments

Com o OpenTelemetry, as medições são capturadas através de instrumentos de métrica. Um instrumento de métrica é definido por:

  • Nome
  • Tipo
  • Unidade (opcional)
  • Descrição (opcional)

O nome, unidade e descrição podem ser escolhidos pelo desenvolvedor ou definidos através da convenção semântica no caso de métricas comuns, como por exemplo métricas de requisições e processos.

O tipo de instrumento deve ser um dos seguintes:

  • Counter: Um valor que acumula com o tempo – você pode imaginar isso como um odômetro de um carro; é um valor que só cresce.
  • Asynchronous Counter: Assim como o Counter, porém é coletado uma vez a cada exportação. Pode ser usado em casos onde você não tenha acesso aos incrementos contínuos, mas apenas ao valor agregado.
  • UpDownCounter: Um valor que acumula com o tempo, mas também pode cair. Um exemplo seria o tamanho de uma fila, este valor irá aumentar e diminuir de acordo com o número de itens que estão entrando ou saindo desta fila.
  • Asynchronous UpDownCounter: Assim como o UpDownCounter, porém é coletado uma vez a cada exportação. Pode ser usado em casos onde você não tenha acesso às mudanças contínuas, mas apenas ao valor agregado (ex., atual tamanho da fila).
  • Gauge: Mede o valor atual no momento da leitura. Um exemplo seria um medidor de tanque de combustível de um veículo. Gauges são assíncronos.
  • Asynchronous Gauge: Assim como o Gauge, porém é coletado uma vez a cada exportação. Pode ser usado em casos onde você não tenha acesso às mudanças contínuas, mas apenas ao valor agregado.
  • Histogram: Uma agregação de valores, tal como latências de requisições. Um histograma é uma boa escolha se você está interessado em valores de estatísticas. Por exemplo: Quantas requisições estão levando menos de 1s?

Para visualizar mais instrumentos síncronos, assíncronos, e entender qual dos tipos melhor se encaixa no seu caso de uso, veja Diretrizes Suplementares.

Agregação

Além dos instrumentos de métrica, também é importante entendermos o conceito de agregações. Uma agregação é uma técnica pela qual um grande número de medições é combinado em estatísticas exatas ou estimadas sobre eventos de métricas que ocorreram durante uma janela de tempo. O protocolo OTLP transporta essas métricas agregadas. A API do OpenTelemetry fornece uma agregação padrão para cada instrumento de medição, que podem ser sobrescritas com o uso de Views. Por padrão, o projeto OpenTelemetry visa fornecer agregações que sejam suportadas por diferentes visualizadores e backends de telemetria.

Ao contrário dos rastros, que são destinados a capturar os ciclos de vida das requisições e fornecer o contexto para as partes individuais de uma requisição, as métricas são destinadas a fornecer informações estatísticas em forma de dados agregados. Alguns exemplos de caso de uso para as métricas incluem:

  • Reportar o número total de bytes lidos por um serviço, por tipo de protocolo.
  • Reportar o número total de bytes lidos e os bytes por requisição.
  • Reportar a duração de uma chamada de sistema.
  • Reportar tamanhos de requisições para determinar uma tendência.
  • Reportar o uso de CPU ou memória de um processo.
  • Reportar valores médios de saldo de uma conta.
  • Reportar o número atual de requisições ativas sendo processadas.

Views

Uma view oferece aos usuários a flexibilidade de personalizar a emissão das métricas fornecidas pelo SDK. Você pode personalizar quais instrumentos de métrica devem ser processados ou ignorados. Você também pode customizar a agregação e quais atributos deseja reportar em suas métricas.

Suporte de linguagens de programação

As métricas são sinais estáveis nas especificações do OpenTelemetry. Para uma implementação individual ou específica das Métricas através do SDK ou API, os status são os seguintes:

LanguageMetrics
C++Stable
C#/.NETStable
Erlang/ElixirDevelopment
GoStable
JavaStable
JavaScriptStable
PHPStable
PythonStable
RubyDevelopment
RustBeta
SwiftDevelopment

Especificação

Para aprender mais sobre as métricas no OpenTelemetry, veja as especificações de métricas.